“Finalmente, Irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isto o que ocupe o vosso pensamento” (Fl 4:8)
Amados irmãos, o texto acima revela uma preocupação do apóstolo sobre o conteúdo do pensamento dos irmãos filipenses. Tal preocupação não é sem uma motivação justa, o apóstolo sabia que na mente são travadas, vencidas ou perdidas as batalhas. Além disto, era claro para o apóstolo que o coração, ou os pensamentos, refletem o caráter do homem, ou seja, a verdade sobre a obra de Deus em sua vida.
É imprescindível irmãos, que compreendamos a importância do que vagueia em nossas mentes. Temos, geralmente, a tendência de diminuirmos as transgressões cometidas na mente, às escuras, e supervalorizarmos os pecados sobre os quais o sol se coloca. Não acertamos nem com uma, nem com outra atitude, contudo na mente “maiores pecados” (por estarem escondidos) e pecados mais prejudiciais ocorrem. Uma conduta mental pecaminosa afeta a consciência a atrofiando, a incapacitando pouco a pouco de refrear as vontades da carne. Tão logo, a enfraquecida consciência seja vencida pelo costume, os pecados da mente terão a grande e livre escuridão da alma para acontecerem.
Amados, não nos enganemos quanto a isto, nem deixemos de meditar sobre tal assunto. Não se trata aqui de uma atitude de farisaísmo religioso, pelo contrário trata-se da verdade sobre a nossa conversão. O que habita nossas mentes declara quem somos “Como na água o rosto corresponde ao rosto, assim o coração do homem corresponde ao homem” (Pv 27:19). Você é o que você pensa! Jesus, ao rebater os fariseus sobre o lavar ou não as mãos disse-lhes que o que contamina o homem é o que sai de sua boca, pois procede de seu coração (Mt 15:18-20). É do coração que procedem os maus desígnios, contudo o que devemos compreender é que já no coração tais desígnios são pecados consumados, afinal não é adultero somente o que o faz em seus atos, também o é o que o realiza em sua mente.
O chamado de Paulo a uma conduta mental sã, que honre a Deus, é um chamado à santificação e à mortificação, elas têm início na mente. Aos primeiros sinais do desejo pecaminoso será definido o ganhador, tu ou ele (o desejo pecaminoso). Não se engane amigo, não minta para si mesmo pelo desejo de vê-lo (o pecado) mais de perto, não se deixe seduzir pelo seu falso aroma de delícias, nem embriague a sua mente com o mentiroso paladar de suas doçuras iniciais. Pois tu, eu e todo o homem nascidos de mulher somos “alcoólatras” de pecado, nem uma só dose, nem um só cheiro e nem um só saborear, nem mesmo o da mente. Se você deixa-lo encontrar ninho em sua cabeça, isto significa que já ai você estará vencido, mesmo que ele jamais venha a consumar-se numa ação. Pergunte a Cristo e ele lhe dirá Mt 5:22; 28.
Por hoje, pense sobre isto. Reflita e medite sobre qual atitude mental, com relação ao pecado, tem sido a sua. Analise se por algum descuido um pecado sorrateiro tem encontrado o menor espaço que seja em seus pensamentos. E seja sincero! Jesus é o seu salvador – confesse sua dificuldade, confie no poder de seu libertador. Se você for uma mulher ou homem encontrado por Deus, então também esta obra Ele realizará. Amém e Amém!!
“Guardo no coração a tua palavra, para não pecar contra ti” (Sl 119:11)
Autor: Rodrigo Santos